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25 outubro | 15:45

Importância da acessibilidade no SNS

As instituições públicas estão a criar um caminho ao nível da acessibilidade, por exemplo, através de parcerias, defendeu Cristiana Antunes, coordenadora da Unidade de Serviços para o Cidadão do Centro Nacional de TeleSaúde, na sua participação no debate “Não deixar ninguém para trás, a importância da acessibilidade no SNS”.

Miguel Arriaga, chefe de Divisão de Literacia, Saúde e Bem-Estar da Direção-Geral da Saúde, outro dos intervenientes deste painel temático, falou sobre a importância de criar literacia nos serviços públicos, concretamente da Saúde. A literacia é muito mais abrangente do que levar simplesmente informação às pessoas, acrescentando ainda que o grande desafio é conquistar pessoas com dificuldades ao nível da acessibilidade e também com dificuldade em entender a informação transmitida. O chefe de Divisão de Literacia, Saúde e Bem-Estar da Direção-Geral da Saúde deixou claro que promover a literacia e o conhecimento informatizado é o caminho a seguir.

Mariana Couto Bártolo, vogal da Direção da Federação Portuguesa das Associações de Surdos, completou o painel referindo a necessidade de auscultar os cidadãos para melhorar a acessibilidade. Explicou, ainda, que trabalhou como formadora dos intérpretes de Língua Gestual Portuguesa, que prestam serviço na plataforma de atendimento aos cidadãos surdos do portal SNS 24, enaltecendo o facto deste portal estar cada vez mais acessível e mais intuitivo para as pessoas surdas.

Lançada na pandemia, a plataforma de atendimento aos cidadãos surdos entrou em funcionamento a 21 de abril de 2020 e tem garantido a acessibilidade plena ao SNS 24. Inserida no portal SNS 24 permite estabelecer o contacto entre o cidadão surdo e o intérprete de Língua Gestual Portuguesa que faz a mediação com o enfermeiro do SNS 24.

Promotor da inclusão e da equidade, o serviço prestado segue parâmetros iguais para todos os cidadãos, diferindo apenas na forma de acesso ao Serviço de Triagem, Acompanhamento e Encaminhamento, e aos Serviços Informativos e Administrativos, ambos acessíveis pelo computador ou através do telemóvel.

As questões relacionadas com as barreiras e os diferentes tipos de acessibilidade, desde físicas, comunicacionais, e outras, foram também abordadas pela vogal da Direção da Federação Portuguesa das Associações de Surdos. Falou, ainda, sobre Diogo Costa, engenheiro informático da SPMS, com deficiência visual, que tem desenvolvido um excelente trabalho no âmbito da acessibilidade dos portais do SNS, opinião partilhada por Cristiana Antunes.

O evento eHealth Sessions 1 contou, do princípio ao fim de todas as sessões, com intérpretes de Língua Gestual Portuguesa.

Assista ao testemunho de Diogo Costa, engenheiro informático da SPMS: